aprendi na faculdade de ciência política sobre conservadorismo - como não necessariamente é uma vontade de que as coisas permaneçam do jeito que estão (por mais que, como consequência, seja mais ou menos isso) e sim uma aversão à mudanças.
mudanças pra eles só se forem graduais e lentas - e quando eu digo lentas, eu estou sendo literal. que durem meses, talvez anos, mas que não aconteçam de uma semana para outra.
pensando na reação da minha família quando contei que mudaria de curso na faculdade, me dei conta do que eles realmente são: conservadores.
quando, lá no começo de 2015, disse que cursaria ciência política na unirio as reações não foram muito variadas; "mas você não queria direito?", "o que que é isso?", "que curso é esse?", "mas você vai trabalhar com político?", "você vai trabalhar no que?", "e tem emprego nisso?", "e direito? vai fazer também?", todas essas exclamações juntas às caras de espanto, descrença e deboche.
tudo bem, 2015 passou, troquei de curso, 2016 chegou e com isso minha vaga em direito - "ué, mas e ciência política?", "queria que você terminasse ciência política", "mas você sabe que a área de direito tá muito saturada, né?", "também? todo mundo é advogado hoje em dia", "ah, não, vai virar advogada de bandido agora?".
digo que são conservadores para não dizer que são invejosos acomodados que não conseguem suportar a falta de comodismo alheio. para não dizer que não conseguem suportar a minha felicidade, o meu sucesso.
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