sexta-feira, 2 de maio de 2014

Último adeus (ao que nunca aconteceu).

Toda história que nem se vê um começo, não se interpreta o meio e se surpreende (e chora) pelo fim precisa de um último adeus. Simbólico, porém eficaz. Que te ajude a deixar para trás toda a resultante negativa, que te fortaleça; que te diga 'de agora em diante sua vida tem novos trilhos e precisa de novos personagens'.
Essa é minha despedida. Foi glorificante ter te conhecido; fez bem a minha auto-estima, meu ego se fortaleceu e por breves momentos eu tive uma confiança em mim mesma que nunca tinha tido. Claro, você retribuiu acabando com tudo da mesma forma que criou: rápida e instantaneamente.
E, apesar de não ter dado certo, eu aceito. Apesar de eu ter estragado o que, nesses dezoito anos, foi a minha mais real possibilidade de ser feliz, eu me conformo com o fim que se deu - eu me conformo porquê sem você, eu nunca teria aprendido a dar valor ao fora dos padrões, a perfeição fora dos padrões que você (e eu só descobri tarde demais) representava para mim.
Eu ainda te procuro nas ruas e ainda saio pensando que, talvez, seja hoje que o acaso queira brincar com o meu coração.
Enfim, obrigada.
Indubitavelmente, obrigada.
Obrigada pois, sem você, eu teria sido.