quarta-feira, 24 de setembro de 2014

tornado

do nada apareceu e do nada foi embora. me deixou aqui. me deixou aqui como se minha alma tivesse sido levada. é um vazio estranho porquê nada mudou. mas só de saber de você. meias palavras foram suficiente pra balançar essa mente perturbada. eu sinto. sinto muitíssimo a época em que éramos duas figuras soltas e sorridentes. tinha riso. não tinha saudade. só sorriso bobo no rosto quando uma mensagem aparecia no celular. ou no computador.
do nada, do nada. por que? me leva. se leva. não sei. mas por quê isso tinha que acontecer? eu tava bem no meu canto; bem. aos poucos você ia deixando de existir. já nem sentia mais. irreal. como algo que aconteceu anos atrás e eu lembro por ter memória. e, do nada...
certas brincadeiras que o destino faz com a gente nos deixa perguntando se tudo é proposital ou se tudo é coincidência. nada significou nada ou tudo significou tudo?
não volte. ou melhor, volte, e traga minha sanidade.
por favor.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

i'll use you as a warning sign

espero pelo dia do reconhecimento. olhar reconhecedor que, no momento certo, encarará os meus com o toque certeiro. e eu saberei. ele saberá. saberemos que, de hoje em diante, não haverá necessidade de fingimento. você, agora, pode ser você.
espero por esse dia como quem espera na fila do banheiro. inquieto porém ciente: ainda não é sua vez. respeite. espere. sua hora há de chegar.
espero sabendo que quando esse dia chegar, o mundo será outro. a entrega será total. corpo e alma num emaranhado de partes conjuntas que se completam e sofrem, juntas, pelo tanto esperar.
disso, nada além da morte se espera. sempre por mim. por não aguentar um mundo de tremenda traição, por não aguentar decepção, por não aguentar nada, nada, nada que não seja a eternidade do esperado.
até chegar, ah... eu espero.