domingo, 21 de fevereiro de 2016

A solidão escolhida é bem vinda - a imposta, não.

Eu não suporto mais a dor e o peso de ser danielly, de ter nascido nessa família, de ter essa falta de liberdade que me sufoca cada dia mais, de estar tão atrelada ao insucesso alheio.
Eu odeio a solidão que me forçam a ter. Os dias passam e um ano novo, inteirinho em branco, corre na minha frente enquanto num piscar de olhos já estamos terminando o segundo mês do ano. Resoluções de ano novo não fazem mais sentido pra mim porque toda a ideologia de vida nova não mais me contempla. A vida, minha, continua a mesma. Não há mudanças desde que me entendo por gente.
Os mesmos sentimentos de incompreensão e baixa autoestima, que me preenchem desde os 6 anos, assombram minha alma e me impedem de ser, mortalmente, normal. Eu queria sentir algo que eu nunca senti - mas sou presenteada com as mesmas sensações de 14 anos atrás.
Todo dia é o mesmo dia pra mim e eu não sei até quando, se, vou suportar isso.