terça-feira, 28 de outubro de 2014

'cause no one wants you

 é engraçado porque eu não me sinto confortável de expressar esse pensamento pra ninguém além de mim mesma, nem em voz alta. me sinto tão insuportavelmente infantil e imatura, reclamando que ninguém me ama, que deixo pra lá e engulo mais um incômodo.
 mas nem família, conhecidos que eu já chamei de amigos (e hoje eu nem sei se me afastei ou fui afastada), homens, funcionários, colegas de classe... ninguém me tem. me quer ter. me preza ou sei lá o quê. e eu me entrego, sabe? em quase todos os sentidos da palavra. mas é um 'você é legal mas só' que eu recebo. e sempre. e tanto. que eu já não sei até quando eu vou conseguir fingir que tá tudo bem. que isso não me afeta.
 até que eu ponto eu aguento.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Um lembrete:

Já é, pelo menos, a sexta vez que você faz isso esse ano. Não conte seus segredos. Simplesmente, não.
Um dia alguém vai merecer ouvir, mas não agora.
Um alguém e não uns alguéns.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Ser bonita (biológico)
Estar bonita (momentâneo)
Sentir-se bonita (raridade)

terça-feira, 14 de outubro de 2014

so tired, you know? tired of feeling like i'm fucking crazy

 Estou tentando transcrever o que vem passando pela minha cabeça nessas últimas horas. Resultado final do que vem acontecendo nos últimos meses. Fragmentos de ideias e ideologias que não vingaram.
 Talvez esse seja meu problema desde o começo: não ter dado espaço pro estrago acontecer. Cortado, logo de início, a raiz virgosa que se embromava pelos cantos da minha mente. E isso parece ser uma ótima coisa - pensamento de gente madura e responsável. Mas não é cortando as experiências ruins que a gente aprende a lidar com elas, muito pelo contrário.
 Eu já reclamei milhares de vezes da minha falta de maturidade, sensibilidade e até equilíbrio mental. Sempre divida pelos dois extremos. Me sentindo tão má quanto boa. Pertencente dos dois lados. Porquê, ao final, eu não sei sobre nenhum deles. É fácil escolher um ideal - difícil é aceitar o real, entende?
 Cansada de ser sempre a responsável, a boazinha. Cansada dos meus pensamentos, na verdade. Do meu senso de dever social. Do meu refreio automático de críticas alheias. Dessa religião disfarçada de filosofia de vida. (nada que te limita deveria servir de parâmetro pro que quer que seja; leis, tudo bem, são obrigatórias pro bom funcionamento da sociedade, mas o resto? esses aí são apenas cercas para nós mesmos)
 Existe muito mais por trás de quem eu quero ser do que à frente de quem eu sou. Agora, eu não sou nada. De verdade. Talvez por escolha minha, excesso de coração mole e insegurança. Do que vale ser juíza das más ações alheias quando se é a primeira a agir de má fé consigo mesma?
 Eu não aguento mais não me sentir dona da situação. E se for pra ser o que quer que seja, eu aceito.
 Eu aceito qualquer coisa a partir de agora.

https://www.youtube.com/watch?v=3MItiBRj6iE

but here i am all alone