sexta-feira, 17 de julho de 2015

it's not fair and i think you're really mean

mateus vem flutuando como uma possibilidade novamente. que que é isso? parece que quando eu tomo coragem de seguir em frente tudo parece conspirar contra. tudo volta a me lembrar ele. como uma fantasma filho da puta que não larga do meu pé.
mas que caralhos eu fiz pra merecer isso?
eu quero seguir. quero deixar esse último ano de decepção pra trás e viver além do que eu tenho perspectiva agora. mas aí, como uma tentação, uma prova de firmeza ou um sinal de que tudo tá errado, ele aparece fantasmagoricamente pra mim.
adivinha? aplicativo, de novo.
mas dessa vez foi em um de relacionamento sério.
alguém me explica?
eu acho que vou enlouquecer.
o quê ele quer? por quê? por quê não me deixa em paz?
é injusto ele aparecer do nada quando eu tô me reerguendo, fazendo eu me abalar toda toda toda vez.
I
HATE
EVERYTHING ABOUT
me
empoderada
atrevida
ninguém se mete mais na minha vida

sexta-feira, 10 de julho de 2015

ouvi por aí que amadurecimento era tomar decisões difíceis

Hoje, quando voltava no ônibus do centro da cidade, pensei sobre liberdade e escolhas - uma, em específico, que nunca fiz, mesmo sabendo que era a coisa certa e necessária. Por que eu nunca bloqueei mateus?
Eu fiquei um ano lastimando o quê não fomos e idealizando o quê poderíamos ter sido; na minha cabeça, ele era perfeição. Um ideal a ser atingido. E enquanto a vida dele continuava indiferente a minha, eu continuava num stand by emocional, esperando que ele me quisesse de volta. Como mágica. Como quem não deu valor pra coisa mais preciosa que tinha às mãos e agora quer ter o quê ele nunca deixou que tivéssemos.
Mas a verdade, mesmo cruel e dolorosa, é que não teremos. Ele não é homem da minha vida. Não é o único cara incrível, perfeitamente imperfeito que vai aparecer pra mim e me deixar de cabeça pra baixo. Infelizmente, ou felizmente, não vai ser o único nem o último por quem eu vou sofrer - mas pode ser o último que me fez anular a mim mesma em prol de alguém que não merecia; que me subjugou, humilhou e eu deixei. Deixei porque achei que ele era único, especial. Deixei porque achava que nunca mais viveria aquele mínimo sentimento de certeza e retribuição emocional que tive com ele. Momento esse que, até hoje, não sei se foi verdade ou ilusão.
E aí, nessa viagem de ônibus, cansada das humilhações e derrotas, percebi que quem eu queria melhor era eu, e não ele.
Foi a decisão mais difícil que tomei na minha vida.
Só eu sei o quanto doeu (e ainda dói).
Mas eu o fiz.
Eu bloqueei mateus.