sexta-feira, 10 de julho de 2015

ouvi por aí que amadurecimento era tomar decisões difíceis

Hoje, quando voltava no ônibus do centro da cidade, pensei sobre liberdade e escolhas - uma, em específico, que nunca fiz, mesmo sabendo que era a coisa certa e necessária. Por que eu nunca bloqueei mateus?
Eu fiquei um ano lastimando o quê não fomos e idealizando o quê poderíamos ter sido; na minha cabeça, ele era perfeição. Um ideal a ser atingido. E enquanto a vida dele continuava indiferente a minha, eu continuava num stand by emocional, esperando que ele me quisesse de volta. Como mágica. Como quem não deu valor pra coisa mais preciosa que tinha às mãos e agora quer ter o quê ele nunca deixou que tivéssemos.
Mas a verdade, mesmo cruel e dolorosa, é que não teremos. Ele não é homem da minha vida. Não é o único cara incrível, perfeitamente imperfeito que vai aparecer pra mim e me deixar de cabeça pra baixo. Infelizmente, ou felizmente, não vai ser o único nem o último por quem eu vou sofrer - mas pode ser o último que me fez anular a mim mesma em prol de alguém que não merecia; que me subjugou, humilhou e eu deixei. Deixei porque achei que ele era único, especial. Deixei porque achava que nunca mais viveria aquele mínimo sentimento de certeza e retribuição emocional que tive com ele. Momento esse que, até hoje, não sei se foi verdade ou ilusão.
E aí, nessa viagem de ônibus, cansada das humilhações e derrotas, percebi que quem eu queria melhor era eu, e não ele.
Foi a decisão mais difícil que tomei na minha vida.
Só eu sei o quanto doeu (e ainda dói).
Mas eu o fiz.
Eu bloqueei mateus.

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