sábado, 19 de setembro de 2015

if i lose myself i lose it all


2015: julho-setembro

faz um tempo que eu não apareço por aqui, portanto, pelo propósito único de resguardar memórias para posteridade, irei listar as atualizações:
- tirei A na segunda prova da uerj, o quê significa que estou estudando agora pra segunda fase. tenho em média menos de 70 dias pra absorver todo conteúdo de português, história, literatura e escrever um excelente redação.
- não fiquei com ninguém - quer dizer, não comentei aqui, mas na época da última publicação eu tinha ficado novamente com pedro e com esse cara que é vizinho e amigo do meu melhor amigo. em 2 meses e meio desde que nos conhecemos ficamos, viramos ótimos amigos e paramos de nos falar. como eu já sou meu expert em fazer. (se bem que ele é um puta de um babaca egocêntrico)
- henrique voltou a me chamar pro apartamento dele e desapareceu e voltou a me chamar e dessa vez eu desapareci, por motivos que já vou dizer.
- o primeiro semestre da faculdade acabou (comigo ficando em final em economia política 1) e o segundo começou (comigo trancando 3 matérias e fazendo 1 do terceiro período, além de já estar quase reprovada em direito constitucional por falta)

o grande motivo d'eu lembrar que tenho esse blog novamente é que, como todo ciclo existencial que me envolve, eu estou em crise. de novo. dessa vez é algo mais voltado pro fato d'eu não saber lidar com as expectativas alheias (pelo menos esse é o motivo certo que me fez desativar facebook, excluir pessoas do whatsapp, e não responder ninguém). ainda tem o clima cada vez mais denso que envolve eu e minha família,
eu vou crescendo, amadurecendo, e com o passar do tempo vem a resposta a isso tudo dos meus familiares. não vi alegria em ninguém quando disse que passei na faculdade. tudo bem que não era o curso que eu queria mas, poxa!, é uma federal e um curso sensacional (que se não fosse pela área de trabalho eu me formaria extremamente feliz). no meu padrinho eu vi até certa hostilidade. alguma coisa dentro de mim me lembra que minha irmã, quando entrou na faculdade, não soube lidar com a sociabilidade de ser humano e perdeu o controle, não digo enlouqueceu, mas quase isso. hoje ela é um peso morto dentro de casa - come, dorme e gasta o salário dos meus pais em remédios e exames. tento pensar que esse é o motivo pelo qual ninguém consegue expressar uma faísca de felicidade por mim, não que eu já tenha visto eles fazendo algo do tipo por mim. sempre tão ocupados, com coisas tão mais urgentes e importantes a lidar, quem quer ver a apresentação de teatro de uma menina de 9 anos? não vai salvar o mundo da iminente destruição mesmo.
eu não troco uma palavra com a minha mãe há duas semanas. aparentemente, meu jeito explosivo e irracional não combina com a personalidade esperada de uma filha modelo. e ela tem razão. mas não há, também, dentro de mim, um mínimo de vontade em fazer algo para mudar essa situação. eu estou mais do que cansada de ter que lidar com todos os problemas que eles jogam nos meus ombros, achando que, como sou estudante, sou vagabunda, não tenho nem preocupações nem afazeres, portanto posso aguentar toda a poluição mental gerada pelas reclamações constantes. não sou psicóloga, não fui morfologicamente feita com um aparato especial que me faz resolver as situações alheias. não quero ouvir seus suspiros e confirmações de infelicidade. alguém já pensou como é jogar esse tipo de peso em cima de uma única pessoa, over and over again?
eu continuo não sabendo o quê eu tô fazendo da minha vida. nesse instante, ao lado do computador que escrevo, repousado na escrivaninha, tem meu material do bechara e resumos de português pra revisar e estudar para a segunda fase da uerj. não sei desistir desse objetivo mas não sei se isso, em mim, tem sido uma qualidade ou um defeito. será que as coisas vão mudar se eu passar em direito? antes eu achava que sim, agora eu tenho uma visão tão bloqueada do futuro que eu não consigo nem me imaginar fazendo algo que imaginei desde os 6 anos de idade.
eu espero conseguir, porque sei que é o que eu mais quis a minha vida inteira.
agora, o quê isso vai trazer pra mim, isso é com 2016.