terça-feira, 14 de outubro de 2014

so tired, you know? tired of feeling like i'm fucking crazy

 Estou tentando transcrever o que vem passando pela minha cabeça nessas últimas horas. Resultado final do que vem acontecendo nos últimos meses. Fragmentos de ideias e ideologias que não vingaram.
 Talvez esse seja meu problema desde o começo: não ter dado espaço pro estrago acontecer. Cortado, logo de início, a raiz virgosa que se embromava pelos cantos da minha mente. E isso parece ser uma ótima coisa - pensamento de gente madura e responsável. Mas não é cortando as experiências ruins que a gente aprende a lidar com elas, muito pelo contrário.
 Eu já reclamei milhares de vezes da minha falta de maturidade, sensibilidade e até equilíbrio mental. Sempre divida pelos dois extremos. Me sentindo tão má quanto boa. Pertencente dos dois lados. Porquê, ao final, eu não sei sobre nenhum deles. É fácil escolher um ideal - difícil é aceitar o real, entende?
 Cansada de ser sempre a responsável, a boazinha. Cansada dos meus pensamentos, na verdade. Do meu senso de dever social. Do meu refreio automático de críticas alheias. Dessa religião disfarçada de filosofia de vida. (nada que te limita deveria servir de parâmetro pro que quer que seja; leis, tudo bem, são obrigatórias pro bom funcionamento da sociedade, mas o resto? esses aí são apenas cercas para nós mesmos)
 Existe muito mais por trás de quem eu quero ser do que à frente de quem eu sou. Agora, eu não sou nada. De verdade. Talvez por escolha minha, excesso de coração mole e insegurança. Do que vale ser juíza das más ações alheias quando se é a primeira a agir de má fé consigo mesma?
 Eu não aguento mais não me sentir dona da situação. E se for pra ser o que quer que seja, eu aceito.
 Eu aceito qualquer coisa a partir de agora.

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