sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Querido Diário,

não passarei a virada do ano em casa. Portanto, não te escreverei. Mas pretendo, aqui, por meio dessa carta, te explicar o que 2013 significou pra mim.
  Quando o ano começou eu jurava que seria uma nova pessoa. Uma pessoa diferente, sabe? Daquelas que sempre admirei. Das que correm atrás, conquistam; das que tem tudo às mãos e não exita em ter o que quer. Me imaginava finalmente magra, de biquíni, na praia.
  Achava que seria o ano em que passaria no vestibular, sabe? Minha vida inteira eu passei acreditando que não importasse como eu agisse, no final das contas, minha vaga na faculdade estaria garantida. Porque eu podia não ser a mais bonita, magra ou popular, mas meu ego sempre afirmou que eu era a mais inteligente. Talvez até fosse, mas não tive determinação o suficiente pra assegurar que esse ano seria meu último como aluna de química.
 No pré que cismei de fazer em outra cidade eu conheci um garoto. Apaixonei-me, acredito. (Apesar que, até hoje, não consigo me certificar disso).
 Ele quebrou meu coração de forma tão doentia que creio que até satisfação sentiu com isso. Tudo por uma garota. Tudo por nada.
 Ainda me pergunto o que ele sentiu por mim. Foi identificação, passatempo ou insegurança? Pergunto-me também se não foi tudo da minha cabeça. Se não imaginei os sorrisos, o interesse e as mãos dadas.
 Saí de lá o mais rápido que pude. Estava devastada, entende?
 O resto do ano passou num borrão. Foi tudo muito rápido e desprezível.
 No final das contas, todas as minhas resoluções de ano novo não se concretizaram e as próximas serão correr atrás do tempo perdido.
 Em 2014 eu espero realizar o que já deveria ser fato na minha vida. Tanto na pessoal quanto na profissional.
Magra.
Universitária.
Ruiva.
Feliz.

Até 2014.

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