terça-feira, 8 de julho de 2014

2 meses e 2 dias após

... o último adeus que nunca aconteceu. Porquê eu te vi, te abracei, conversei contigo e, veja bem, te beijei. Nada memorável mas muito esclarecedor. Esclarecedor ao ponto de ter-me feito enxergar que, mais uma vez, eu fui enganada. Por mim mesma, obviamente.
 Há algum tempo eu venho criando essa teoria que, na verdade, eu não me apaixono pelas coisas - mas sim pela ideia que as crio delas. E eu criei uma ideia de você, uma ideia de que você era o príncipe bizarro que eu (secretamente) sempre quis. 
 Um sorriso vem ao meu rosto ao lembrar do sorriso que eu dei quando, poucos dias antes, nós estabelecemos contato novamente depois de meses. Parecia um presente divino; um 'aproveita enquanto é tempo/ta aqui sua segunda chance' disfarçado de snapchat (vê como as relações são frágeis?). Não perdi tempo, é claro, de riscar da minha lista um desejo há anos luz presente. Eu não podia perder essa chance, estragar tudo, não de novo, not this time. 
 E eu não senti nada. Desculpe, mas foi de 'seja o que Deus quiser' pra 'foda-se' pra pior. Eu não posso dizer se te superei ou te superestimei. Nem sei qual é melhor (ou pior). Só sei que... Passou. Chorei por nada, atoa, de graça. Achei que era o fim do mundo quando foi o fim de nada, porque nada existiu e nada existe. Foi, sei lá o que, tudo da minha cabeça. 
 Eu me fodo e me desgraço por mim mesma. Minha própria vertente de angústia e infelicidade. Bacana e triste. Mateus também é isso, mas eu ainda não descobri. Talvez quando ocorrer a mesma coisa, quem sabe... Eu só aprendo perdendo. 


(e ganhando de volta, e brincando, e descartando como se os sentimentos fossem nada porque, quando fui eu a descartada, era isso que eu achava.) 

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