terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

v i r g i n d a d e

acho que chegou a hora de confessar a mim mesma que minha primeira vez foi casual - com um cara que eu conheci na internet, não tinha visto mais de uma vez e nem facebook tinha. um cara que não sei sobrenome, que não me disse palavras de afeto (não que tenha sido um ogro, também) e que se decepcionou por eu ter... transado. tão cedo. 'pra uma menina de criação conservadora como você' foi o que ele disse 'fiquei meio surpreso disso acontecer' ele continuou 'não era meu intuito' foi como ele terminou. e terminou mesmo. tivemos uma breve conversa depois sobre saúde sexual, se eu sabia da minha e estando tudo o.k., como estava, a missão dele estava terminada.
no dia seguinte eu pensei exatamente isso: se continuar me querendo depois de ontem, ótimo. se não quiser, ótimo também. isso é só mais uma história que eu vou lembrar quando for mais velha. mais uma que vou usar pra rir e entreter os outros. porque a maior vertente de mim é o riso, afinal de contas. não teria que encarar a face do homem que me viu sangrar, ficar sem graça e admitir que fico segura ao seu lado. n u n c a m a i s. sem constrangimentos. sem reviver o que não foi ótimo, mas foi melhor do que eu esperava.
o pior de tudo foi vê-lo reativar o tinder depois de tê-lo excluído enquanto estava comigo. então a decepção foi tão grande assim? decepção. palavra boa essa. decepção com as minhas habilidades sexuais ou com o meu suposto caráter que foi posto a prova? talvez tudo tenha sido apenas uma história que ele usou pra entreter alguém.
eu, no caso.

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