sábado, 7 de dezembro de 2019

tchau, 2019

em 2019 eu fiz 7 anos desse blog.

eu lembro quando o criei, em 2013, meu último ano do ensino médio - imaginava o quão legal seria poder dizer que tinha o blog há um, dois anos - hoje, eu o tenho há sete.

ele me acompanhou por muitas fases da minha vida:

  • 2013 - terceiro ano do ensino médio, tentando ser anoréxica?, querendo passar para direito na UERJ (um sonho que parecia impossível), flertando com um professor de biologia e sofrendo um bullying (até que tranquilo, mas, enfim) por ter sido trocada pelo menino que gostava no pré vestibular;
  • 2014 - depois de ter decidido fazer o vestibular apenas como teste no terceiro ano, comecei um pré vestibular em outro bairro, gostei (e sofri) muito por um garoto que mal conhecia - ai, mateus. Perdi minha avó;
  • 2015 - comecei a estudar Ciência Política na UNIRIO. Aos 19 anos recém completados, perdi minha virgindade com um menino que conheci no tinder (pois é). Ainda sofri pelo menino com cara de criança que fazia com que eu achasse que finalmente iria namorar;
  • 2016 - passei no vestibular, finalmente!, e deveria ter começado a estudar direito na UERJ - a greve, entretanto, bifurcou esse caminho. Comecei a trabalhar como jovem aprendiz no jornal globo (eu a glamourização do emprego), conheci Raphael, o menino legal da veterinária; conheci Gabriel, o menino cool da minha cidade. Me machuquei muito esperando amor de fontes desconhecidas, abri feridas que ainda não cicatrizaram - homens, sempre;
  • 2017 - decidi que ia ficar sem homens, ia me descobrir, e no meu aniversário de 21 anos (14 dias após a promessa), conheci aquele que seria meu futuro namorado. Comecei a estudar, de fato, na UERJ. Tive meu primeiro estágio em Direito. Foi o ano mais ambíguo da minha vida - tive do melhor e do pior. O melhor amor, namorado, amigo; o pior término, tratamento, decepção. Foi, definitivamente, o ano em que as portas da vida adulta se abriram para mim. Sai da minha cidade e fui morar no Rio de Janeiro com 4 meninas desconhecidas. Iniciei uma jornada que, não parece, mas está só no começo;
  • 2018 - o pior ano da minha vida. Foi o ano, também, mais importante dela. O ano em que tive que trabalhar parar lidar com as feridas que o ano anterior tinha me deixado. Comecei a terapia (Marcella, meu amor é todo teu), perdi e tive que lutar para reencontrar amigos, fui nos únicos jogos jurídicos da minha vida (até então, pelo menos). Revi meu ex, feliz. Chorei. Chorei muito. Entendi menos ainda como podemos nos fixar tanto em alguém, numa ideia, e perder uma felicidade possível pelo apego às memórias;
  • 2019 - ano em tons de cinza. Cresci muito. Acho que depois de 8 meses na terapia, finalmente comecei a praticar seus ensinamentos. Revi meu ex - nos envolvemos novamente, como era esperado, mas dessa vez não chorei. Minhas lágrimas tinham secado um ano antes. E lembrando do porquê minhas lágrimas não mais estavam presentes que percebi que, por mais que parecesse o contrário, aquele homem não pertencia na minha vida - não aquela versão, pelo menos. Foi doloroso (sim) perceber que eu merecia mais. Que eu merecia melhor. E que o melhor não era ele. Entrei no estágio dos meus sonhos e tenho sido muito feliz por lá. A faculdade, bem, não tem sido a das melhores, mas é a linha reta dos acontecimentos que conta.

E para 2020, o que eu quero? Não sei muito. Um estágio maior, um dedicação maior, mais responsabilidade financeira e respeito ao meu corpo. É isso.

Aos 24 anos, acho que tudo que quero é paz. E vida, pra viver, com calma, tudo que aprendi nesses últimos 7 anos.

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