segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Oh if you could see me now

Se o meu plano pro ano novo era não ter relacionamentos casuais e não me meter em pseudo relações amorosas que só reafirmam minha insegurança e pioram minha autoestima, eu preciso dizer que já fracassei.
Fracassei porque, na segunda semana do ano, eu conheci um cara pelo qual me iludi all over again. Não foi planejado, definitivamente.
Foi na festa que comemorei meu aniversário com umas amigas. A amiga dele chegou em mim. Trocamos beijos, telefones (errado, depois certo) e 15 minutos depois voltei pro planejado: eu, minhas amigas e nenhuma preocupação em relação à aparência ou homem.
10 dias até nos vermos novamente. Depois 1 dia, 5 dias, 3 dias, 4 dias.
Pela doença que ainda não descobri, evitei qualquer coisa mais ou menos sexual - também porque parece que criei uma barreira quanto a isso. Como todos os anteriores mudaram depois que tiveram o que queria, não me contenho ao associar sexo a perda. E algo que eu não quero, definitivamente, é passar por todo esse mar de decepção de novo.
E aí, greg, de um dia pro outro, como raphael, muda comigo: primeiro, tira a visualização de entrada. Me diz que tá doente, de cama, então compro a secura. Mas e se não for isso? E se for raphael, mas sem o sexo porque ele decidiu que não vale a pena esperar?
Vira e mexe eu penso em raphael, em como aquilo foi absurdo e perfeito e desastroso ao mesmo tempo, indo de um pra outro em instantes, literalmente. Lembro que fui dormir segura, porque eu tinha achado meu alguém, só pra no dia seguinte descobrir que não tinha 'alguém' nenhum. Ele só queria transar, ou era gay, ou apaixonado por outra, ou só eu que não era boa o suficiente, enquanto ele... Ainda acho que não vou encontrar alguém igual tão cedo. A certeza, a segurança. Depois daquele dia, da starbucks, do pão de queijo e da cantareira, nunca mais olhei pros lados - e pura e simplesmente porque não me interessava. Não importava mais. Eu tinha ele.
Ou, no caso, achava que tinha.
Me enganei achando que tinha greg, também? Me enganei, como me deixo ser enganada desde que entendi o que era sentimento, porque queria acreditar que era possível; que era possível amar alguém defeituosa como eu, alguém que não se encaixa em nada, nem nunca se encaixou, apesar das tentativas.
Alguém insegura e amarga como eu.
Dark and twist.
Eu mal uso maquiagem, tenho acne, sobrepeso, celulite, estria; não tenho unhas, minha sobrancelha é toda errada, meus pêlos são escuros, meus dentes amarelos, meu cabelo ralo e fraco.
Eu não sou poética, não tenho qualidade sublime que me faça valer a pena apesar de.
Eu sou sozinha. Com meus erros e inúmeras tentaivas. E era disso que queria que gostassem. Aprovassem.
Mas eu me enganei de dono.
Como sempre foi.
Como sempre vai ser.

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