quarta-feira, 25 de março de 2015

baby, tell me, what's wrong with me?

eu sou cheia desses momentos de epifania assustadores, nos quais você se dá conta que há algo na sua vida tão decisivo que sem aquilo você não seria a mesma. hoje na aula de antropologia eu tive mais um. foi escutar 20 minutos de aula e perder informações que todos pareciam ter tido anos antes de mim e, pronto, eu caí no conceito já tão conhecido por mim: futuro.
eu me dei conta, de novo, que aquilo que eu estava fazendo não era pra mim. eu nasci pra estudar direito. é o que eu mais quero há anos. estudar direito na melhor universidade do rio de janeiro, ser magra, me vestir bem, ter confiança na minha própria personalidade e encantar. ter amigos, ser sociável, namorar, ser disputada, receber spotted, idk. 
eu tô cansada desse ciclo interminável de meios termos no qual a minha vida é baseada. cansada de não dar tudo de mim, ser mediana, e ficar o.k. com isso. como eu posso? eu sinto falta de mateus e percebo que a culpa de tudo ter terminado da forma que terminou foi minha. eu sinto falta de henrique e percebo que a razão de tudo ter ficado do jeito que ficou, foi minha. eu sinto falta do tempo que passou e percebo que, se sinto falta, a culpa é minha. algo eu fiz de errado. e fiz mesmo: não aproveitei. e não socialmente, entende? eu não estudei quando era pra ter estudado. e quando o fiz, não fiz com a intensidade que deveria. não me dediquei aos meus amigos e aos meus amores como era pra ter feito. eu deixei tanto, tanto, tanto por simples e puro medo. parece que tenho um medo das coisas darem certo, sabe? afinal, eu estou tão acostumada a ter tudo dando errado... tanto digo isso como agora eu poderia estar me desdobrando afim de realizar mil e uma coisas mas, não, estou aqui dissertando sobre a minha inutilidade. 
o que precisa acontecer pra eu me dar conta de que a vida é agora? 

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